Segundo episódio da nossa série especial tem como destaque uma volta no tempo e o Natal na Era Medieval
Deriky Pereira
Você sabia que, do ponto de vista histórico, o Natal sempre foi uma curiosa combinação de tradições cristãs, pagãs e folclóricas? Foi com essa pergunta que a apresentadora Karla Mendonça deu início ao programa de número 351 do Minutos da Ciência, publicado nesta sexta-feira (19), nas redes de Fapeal e de Fapeal em Revista. Este é o segundo episódio da nossa série especial de Natal.
Se voltarmos no tempo para 389 d.C., são Gregório Nazianzeno (um dos quatro patriarcas da Igreja Grega) advertiu contra “os excessos nas festividades, nas danças e decorações nas portas”. Já na Era Medieval (cerca de 400 d.C. a 1400 d.C.), o Natal já era conhecido como um período de banquetes e diversões. Era um festival predominantemente secular, mas continha alguns elementos religiosos.
O Natal medieval durava 12 dias, entre o dia 24 de dezembro ao dia 6 de janeiro – que era o dia da “Epifania do Senhor”. Epifania vem da palavra grega que significa aparição, em referência ao momento em que Jesus foi revelado ao mundo. E até os anos 1800, a Epifania era uma celebração tão grande quanto a do Natal.

Ao longo da história, a Igreja tentou restringir as celebrações pagãs e dar um sentido cristão a costumes populares. Por exemplo: os cânticos natalinos eram, originalmente, músicas para comemorar colheitas ou a metade do verão, até serem incorporadas pelos religiosos e viraram tradição natalina somente no fim do período medieval.
E até o século 19, a data não era uma celebração familiar – era comum as pessoas beberam e saírem comemorando pelas ruas numa festa bem efusiva, mas de meados do século 17 até o início do século 18, o movimento puritano, que havia começado durante o reinado da rainha Elizabeth 1ª e se baseava em severos códigos de conduta moral, suprimiu as festividades natalinas na Europa e no continente americano.
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