Episódio gravado no bairro da Jatiúca, em Maceió, traz livro escrito por Maurice Béjart, considerado uma lenda da dança do século 20
Deriky Pereira
Reflexões sobre técnica, criação, forma e conteúdo na arte. Esta é a discussão proposta em Cartas a Um Jovem Bailarino, dica apresentada para este mês de julho na coluna Bora Ler com Manoella Neves. No episódio, gravado no bairro da Jatiúca, em Maceió, Manoella conta que a obra foi escrita pelo artista francês Maurice Béjart, um dos maiores coreógrafos do século 20.
De acordo com o autor, o ballet não é apenas uma disciplina para o corpo, mas vai além e se reflete naquilo somos, nossos limites e potências, possibilidades e desejos, tendo raízes naquilo que cada artista viveu, sentiu e compreendeu do mundo, da vida. Tudo isso pode ser conferido em detalhes no livro, de 64 páginas, que é formado de 7 epístolas de um professor de ballet para um aspirante a bailarino.
“Deste modo, a partir da dança e da sua própria experiência, o autor orienta o aspirante à bailarino não apenas sobre técnicas, mas aborda também sobre a formação do espírito e da sensibilidade”, apresentou Manoella.
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Sobre Maurice Béjart
Considerado como uma lenda da dança do século 20, Maurice Béjart era um trabalhador compulsivo tanto que, mesmo em sua última semana de vida, com estafa e problemas no fígado e no coração, ele trabalhou direto do hospital em sua nova obra, “A volta ao mundo em 80 minutos”, que teve estreia no dia 20 de dezembro de 2007, na Suíça, pela sua companhia, a Béjart Ballet de Lausanne.
Autor de mais de 250 coreografias e considerado como um popularizador da alta arte, Maurice Béjart nasceu em 1927 e começou a dança ainda jovem, com 13 anos de idade. Seu pai, um filósofo, recebeu conselho de médicos para que buscasse alguma atividade física para o filho, que tinha saúde fraca. Viveu até 22 de novembro de 2007, quando faleceu com 80 anos e seu corpo foi cremado.