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Minutos da Ciência mostra estudo que investigou relação entre felicidade e morte por doenças crônicas

Pesquisa foi publicada recentemente no periódico Frontiers in Medicine, saiba detalhes

Deriky Pereira

Foto: Reprodução/Internet

O que a sua felicidade tem a ver com o risco de mortalidade por doenças crônicas? Foi com essa pergunta que a apresentadora Adriana Lucena deu início ao programa de número 339 do Minutos da Ciência, publicado nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista na última segunda-feira (10). E a resposta tem a ver com um novo estudo publicado recentemente no periódico Frontiers in Medicine que investigou a relação entre felicidade e saúde para descobrir se ser mais feliz indica que você é mais saudável.

O estudo mostrou que o bem-estar subjetivo, ou felicidade, parece funcionar como um ativo de saúde populacional, mas apenas quando um patamar mínimo de aproximadamente 2,7 na escala Life Ladder é ultrapassado. Essa escala é uma métrica criada pelo projeto World Happiness Report, que coleta dados de diversos países para entender como as pessoas percebem sua qualidade de vida. A escala se baseia em uma pergunta simples feita em diferentes tipos de levantamentos, por exemplo: Imagine uma escada com degraus de 0 a 10, onde o topo representa a melhor vida possível e, a base, a pior. Em que degrau você se encontra hoje?

O estudo

Para o estudo, no caso, a equipe usou informações de organizações de saúde, estatísticas globais de desenvolvimento e pesquisas de opinião pública, coletadas de 123 nações, entre 2006 e 2021. Uma pontuação em 2,7 se encontra na parte inferior da escada e pessoas ou países que estão nesse nível são, geralmente, considerados infelizes ou enfrentam dificuldades.

Mas é a partir daí que melhorias na felicidade começam a se transformar em benefícios mensuráveis para a saúde. Isso porque o estudo descobriu que cada aumento de 1% na felicidade está ligado a uma redução estimada de 0,43% na taxa de mortalidade por doenças crônicas entre indivíduos de 30 a 70 anos.

E mais: a pesquisa concluiu ainda que estratégias de saúde pública que elevem o bem-estar acima desse ponto crítico — enquanto abordam simultaneamente a obesidade, o consumo de álcool e os riscos ambientais — podem iniciar um ciclo de reforço positivo, resultando em maior felicidade e vidas mais longas e saudáveis.

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