Doença em destaque na novela Vale Tudo, da TV Globo, pode atingir cerca de 11,5 mil pessoas até o final deste ano
Deriky Pereira
O que é a leucemia mieloide, doença do personagem Afonso (Humberto Carrão) na novela Vale Tudo? Foi com esse questionamento que os apresentadores deram início ao programa de número 329 do Minutos da Ciência, publicado nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista nesta sexta-feira (3). Antes de explicar, porém, os apresentadores revelaram que, na trama, o personagem descobriu recentemente a doença e já está na primeira fase do tratamento, aguardando um transplante, o que vem causando uma reviravolta.
Mas a leucemia é um grupo de cânceres que afetam os glóbulos brancos, células responsáveis pela defesa do organismo. Ela é maligna e ainda tem sua origem desconhecida. Ela começa nas células-tronco da medula óssea, onde se originam as células sanguíneas e vai se agravando quando as células sanguíneas saudáveis são substituídas pelas células anormais cancerosas que não cumprem suas funções.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o Brasil deve registrar cerca de 11,5 mil novos casos por ano entre 2023 e 2025, tornando a doença um dos cânceres hematológicos mais relevantes em termos de incidência e mortalidade.
Tipos de leucemia
Existem diferentes tipos de leucemia, classificados de acordo com a velocidade de progressão, podendo ser aguda ou crônica, ou com a linhagem celular afetada, podendo ser linfoide ou mieloide, como no caso de Afonso.
“A leucemia mieloide aguda é agressiva, evolui rápido e estima-se que corresponda a cerca de um terço de todos os casos da doença em adultos. O tratamento deve ser imediato com quimioterapia intensiva e, em casos de maior risco, o transplante de medula pode ser uma opção”, explicaram os apresentadores.
Já a Leucemia Linfoide Aguda é mais comum em crianças, especialmente de 2 a 5 anos, o que representa cerca de 75% das leucemias pediátricas. Mas, mesmo agressiva, a maioria das crianças pode alcançar a cura, graças a protocolos de tratamento cada vez mais eficazes.
A leucemia mieloide crônica pode evoluir silenciosamente no início, mas é descoberta em exames de rotina e responde por cerca de 15% dos casos em adultos. “Antes dos anos 2000, era quase sempre tratada com transplante de medula óssea, mas a chegada dos inibidores de tirosina-quinase transformou a doença em uma condição crônica controlável, podendo ser tratada apenas com comprimidos”, contou Eloísa Ferreira.
Existe ainda a Leucemia Linfoide Crônica é mais comum em pessoas acima dos 50 anos e corresponde a cerca de 25 a 30% de todos os casos de leucemia no mundo. Ela costuma evoluir de forma lenta, podendo ficar estável por muito tempo sem precisar de tratamento, o que faz os pacientes passarem apenas por acompanhamento médico e sem medicamentos ou quimioterapia.
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