Aquecimento do mel pode alterar sua composição química e prejudicar a saúde
Deriky Pereira

Você já aqueceu mel no seu chá? Saiba que isso pode ser prejudicial a sua saúde! É com essa introdução que os apresentadores dão início ao programa de número 306 do Minutos da Ciência, publicado na terça-feira (8) nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista. Antes, porém, faz-se necessário explicar que o mel não é o vilão dessa história, pelo contrário.
O mel é um alimento natural rico em açúcares simples como frutose e glicose, pequenas quantidades de vitaminas do complexo B e vitamina C, além de potássio, cálcio, fósforo, zinco e magnésio e tem propriedades antimicrobianas, anti-inflamatórias e cicatrizantes.
No entanto, não é recomendado aquecer o mel no preparo do chá porque o calor, especialmente aquele acima de 40ºC pode degradar os compostos benéficos do mel e alterar sua composição química. E isso também diminui suas propriedades nutricionais, podendo gerar substâncias indesejáveis, que, em excesso, podem ser tóxicas ao organismo.
Além disso, a edição 306 mostra que especialistas revelam que o principal risco de aquecer o mel em bebidas quentes, como o chá, está na formação de um composto chamado hidroximetilfurfural (HMF), composto que surge quando os açúcares naturais do mel são expostos a temperaturas acima de 40 °C, como falamos acima.
Em pequenas quantidades, o HMF está presente em vários alimentos processados, mas quando o mel é aquecido em excesso a concentração aumenta significativamente, mas estudos indicam que o consumo frequente e em altas doses de hidroximetilfurfural pode estar associado a efeitos tóxicos. Isso inclui o aumento do estresse oxidativo, que danifica as células e contribui para o envelhecimento precoce e inflamação, além de potencial ação mutagênica, que pode causar alterações no DNA em estudos laboratoriais.
E mais: o calor destrói enzimas naturais do mel, que participam da digestão dos açúcares, o que pode dificultar a digestão dele e favorecer a formação de toxinas digestivas que podem contribuir para processos inflamatórios no organismo.
Interessante, né? Clique aqui e confira o programa na íntegra.