Programa mostrou que a correria do dia a dia vem influenciando nesse ponto e as pessoas não conseguem perceber a rapidez do tempo
Deriky Pereira

Já é Natal de novo? O tempo tá passando cada vez mais rápido, né? Mas a psicologia e a ciência explicam! Foi com essa afirmação que a edição 349 do Minutos da Ciência, publicada nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista na última sexta-feira (12) e, logo no início do programa, a apresentadora Tárcila Cabral voltou no tempo ao recordar que, no mesmo local da gravação, há um ano, o cenário era natalino em contraste ao momento presente, em que, mesmo dezembro, a decoração natalina da Fundação não tinha sido posta.
Numa entrevista à rádio CBN, a psicóloga clínica Ana Aversi, diz que o que acontece é uma falta de conexão das pessoas com o ócio e com o momento presente. E as demandas, as cargas de trabalho, pega ônibus, cuida de casa, vai, volta… “Mas o que ela quer dizer é que tem a correria do dia a dia, mas também uma cultura que se conecta um pouco com o que as redes sociais trouxeram, de não poder parar e compreender o que está acontecendo no momento presente por que como diria a cantora Pitty, o futuro é o presente e o presente já passou”, explicaram os apresentadores.
Isso varia de pessoa para pessoa, como disse a própria psicóloga, quando diz que: quando você tá imersa no trabalho e na correria, por exemplo, vai dizer que o tempo tá passando muito rápido. Mas quando tá diante de uma situação mais entediante, a pessoa vai falar que o tempo tá demorando muito pra passar. E mais: com o tempo, a rotação da Terra, vai ficando mais longa, e os dias, também. Isso acontece por causa da interação gravitacional da Terra com a Lua e nessa interação, elas vão ficando cada vez mais sincronizadas. Ou seja, a Terra vai desacelerando para ficar, eventualmente, com a mesma face voltada para a Lua.
Um estudo da Universidade da Califórnia de San Diego, diz que há tendência de dias ligeiramente mais rápidos desde 1972. Mas a taxa de adição tem diminuído: Nove segundos bissextos foram adicionados durante os anos 70, enquanto nenhum novo segundo bissexto foi adicionado desde 2016. E a física também explica ao dizer que a órbita da Terra, ao redor do Sol, é uma elipse, e não circular.
A distância da Terra à Lua também muda ao longo do mês e todas essas variações astronômicas vão fazer com que dia após dia a duração do dia medida por relógios atômicos seja um pouquinho diferente na casa de milésimos de segundo. Embora existam dias mais curtos ou mais longos, do ponto de vista desses relógios atômicos medindo o fenômeno astronômico, as diferenças são pequenas. Mas não dá pra responsabilizá-las pelo tempo estar voando.
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