Programa mostra que, sem perceber, as pessoas criam expectativas com a virada de ano e isso pode afetar cada um de uma forma
Deriky Pereira

O Réveillon está chegando e neste programa vamos entender como ele pode mexer com o nosso cérebro. Foi com essa frase que os apresentadores deram início ao último Minutos da Ciência de 2025, publicado nas redes sociais de Fapeal e de Fapeal em Revista nesta terça-feira (30). O programa, especial de Ano Novo, tem como objetivo mostrar como a virada de ano pode mexer com o cérebro das pessoas.
Do ponto de vista astronômico, o 31 de dezembro pode ser mais um dia como outro qualquer, quando a Terra gira em seu eixo, em sentido leste, completando a rotação em cerca de 24 horas.
Mas, do ponto de vista humano, esta é a virada do ano, com vários significados aplicados por cada habitante deste planeta. É que, movidos por um cérebro apegado a ciclos naturais e programado para o presente, sem perceber, de uma forma ou outra, colocamos na virada de 31 de dezembro para 1º de janeiro um poder de apagar erros e guiar acertos como perder peso, ler mais e gastar menos, por exemplo.
“Além disso, especialistas apontam que esta pode ser a chance para uma mudança — ainda que resoluções de ano novo costumem ser uma vitória da esperança contra a experiência. É o que garante o Cristiano Nabuco, psicólogo e autor do livro Psicologia do Cotidiano, ao dizer que, durante milênios, o cérebro humano foi programado para começar e finalizar atividades. Segundo ele, é como se o réveillon assumisse um papel mágico de nos dar forças para colocar tudo em prática. É um pensamento até infantil, quase como o pote de ouro no final do arco-íris no final do calendário. Mas se funciona, está ótimo”, explicaram os apresentadores.
Olhar para as metas
Um estudo de 2010 que se tornou referência na área revelou que seres humanos avaliam de forma muito diferente as metas próximas e as metas distantes.
Em “Next week, next month, next year”, pesquisadores analisaram como os marcos temporais alteram expectativas ao observar o comportamento de voluntários por um longo período e mostrar como era de se esperar, que a virada do ano não é a única culpada: as segundas-feiras e o primeiro dia do mês também ocupam no imaginário o símbolo de “começar de novo”.
Além disso, de acordo com a socióloga da Universidade de Zurique, Marie Hennecke, coautora da pesquisa, não há razão lógica para traçar objetivos em datas que marcam inícios no calendário, mas… As pessoas o fazem.
Interessante, né? Clique aqui e acompanhe o programa na íntegra. E um Feliz 2026!

